sexta-feira, 15 de junho de 2018
sexta-feira, 8 de junho de 2018
DIFICULDADES DA LÍNGUA PORTUGUESA
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.
Oswald de AndradeDê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.
HÁ /A
Emprega-se:
a
· Ideia de tempo futuro
Ex.: Daqui a pouco teremos uma grande decisão de futebol.
· Ideia de distância
Ex.: O teatro fica a 5 quilômetros da escola.
· Na expressão a tempo quando significa em tempo
Ex.: Ele chegou a tempo de tomar o ônibus.
há
· Ideia de tempo passado (pode ser substituído por faz)
Ex.: Há duas semanas que não o vejo.
EXERCÍCIOS:
Complete com há ou a:
1. .................. dias que não vou pescar.
2. Ele mergulhou............ três metros de profundidade.
3. Daqui........... alguns anos, os homens ainda se lembrarão do bate papo e das conversas informais que, ...............muito tempo, vem sendo importantes formas de comunicação.
4. Você se referiu, ...........dias, as diferenças entre a linguagem escrita e a falada, dizendo que, só alguns anos, começaram a ser, realmente estudadas de modo científico.
5. Acredita-se que, de hoje....... alguns anos, os homens terão uma comunicação mais pessoal como muito deixaram de ter.
6. ......séculos a preocupação do homem tem sido superar os limites do tempo e do espaço: daqui...... algum tempo, tenho certeza, o homem voltará a sentir a necessidade de uma comunicação mais pessoal.
7. ........... uma semana que não leio jornais, daqui.......pouco tentarei ler alguns números atrasados.
8. A cidade fica......dez quilômetros daqui, parando tanto, não chegaremos..... tempo de ver o espetáculo que começará daqui..... 40 minutos.
9. O acidente ocorreu.....poucos metros daqui,.... uns dez minutos. Daqui..... pouco chegará a polícia.
10. ........... tempo não trabalho tanto quanto agora.
AONDE ou ONDE?
Aonde é empregado com verbos de movimento: ir, chegar, levar.
Onde é empregado com verbos que não indiquem movimento.
Ex.: Aonde você foi?
Onde você se hospedou?
ATIVIDADES
1- ........ estão as crianças?
2- .......você foi tão tarde?
3- ............ levaremos o casal?
4- .............. fica a rua Direita?
5- Elas gostam do apartamento ...... moram.
6- ............................foste com tanta pressa?
7- Ainda não sei .............ficaremos hospedados.
8- .................. levaremos este material?
VIAGEM ou VIAJEM
Viagem é substantivo. Viajem é o verbo no presente do subjuntivo.
Ex.: Espero que você faça uma boa viagem.
Viajem bastante enquanto vocês podem!
I – Complete com viagem ou viajem:
1- Minha última................ de ônibus foi maravilhosa.
2- Desejo que vocês ............... confortavelmente.
3- Tivemos alguns problemas durante a ..................
4- Não creio que eles ainda ......................
5- Filha, como foi a ...............?
6- Espero que vocês ........... em paz.
7- Minha última .............. foi tumultuada.
8- Acredito que eles ................ bem cedo.
II – Construa frases empregando viagem ou viajem
ESTE, ESSE ou AQUELE
Os pronomes este(a), estes(as), isto referem-se a seres próximos ao falante (emissor, aquele que fala).
Ex.: Este livro aqui, na minha opinião, é ótimo.
Os pronomes esse(a), esses(as), isso referem-se a seres próximos ao ouvinte (longe do emissor ou falante).
Ex.: Onde compraste sua gravata, Pedro?
Os pronomes aquele(a), aqueles(as), aquilo referem-se a seres distantes do falante e do ouvinte.
Ex.: Você conhece aquele homem lá?
ATIVIDADES
I – Empregue este, esse, aquele, flexionado ou não:
1- Veja ....................casinha lá no alto do morro.
2- ................. meu cachorrinho de estimação é uma graça, disse Carlinhos.
3- Onde compraste ............. brinquedo, Rodrigo.
4- Amigo, ................senhor de pé, lá na frente, é meu tio.
5- Filha, aonde vais com ............... pacote?
6- ................ revista aqui, na minha opinião, está muito boa.
7- Você conhece ................... criança lá?
8- ................. revista que você está lendo é interessante?
9- Sim,..............revista é ótima.
10- É .............. que você leu ontem?
11- Veja................. carro lá! Parece um modelo importado.
MAL = antônimo de bem
MAU = antônimo de bom
Ex.: A menina dançou mal.
Estou num mau dia.
Observação:
Mau é sempre adjetivo. Modifica o substantivo.
Ex.: Menino mau
Menina má
Mal pode ser advérbio (modo), substantivo ou conjunção (subordinativa adverbial temporal).
Ex.: João fala mal. (advérbio)
A preguiça é um mal. (substantivo)
Mal chegamos em casa, começou a chover. (conjunção)
I - Complete com mau ou mal.
1- Ele tem fama de ser um ................... caráter.
2- O paciente chegou muito ............. ao pronto socorro.
3- Infelizmente tivemos um ............. começo.
4- Minha filha foi........nas provas.
5- Não pense .......das pessoas.
6- Ele tem sido um ..........aluno.
II - Complete com mau, maus, má, más, mal ou males, usando:
(1) adjetivo (2) advérbio (3) substantivo (4) conjunção
1- Fiz um mau ( ) negócio.
2- O filme começou mal ( ) chegamos no cinema.
3- Muitos professores leem pouco e escrevem mal ( ).
4- Você teve uma má ( ) ideia quando me propôs deixar a cidade.
5- A ignorância é o pior dos males ( ).
6- Deixe de ser má ( ), menina.
7- João é de índole má ( ).
8- Mal ( ) entrei na sala, todos cobraram a promessa.
PORQUE, POR QUE, PORQUÊ, POR QUÊ
1 – Porque é empregado em frases declarativas, isto é, como conjunção coordenativa explicativa ou conjunção subordinativa causal.
Ex.: Venha, porque sua mãe precisa de você. (conjunção coord. explicativa).
Não compareci à reunião porque estava viajando. (conj. subordinativa causal).
Obs.: - Porque é conj. coord. explicativa quando, normalmente, aparece depois do verbo no imperativo.
2 – Por que é empregado:
a) em frases interrogativas (advérbio interrogativo).
Ex.: Por que você está atrasado?
b) em frases declarativas, no sentido de a razão pela qual, o motivo pelo qual.
Ex.: Não sabemos por que ela está aborrecida.
c) no sentido de pelo(a) qual, pelos(as) quais.
Ex.: Esta foi a razão por que não estive presente.
3 – Por quê é empregado nos mesmos casos anteriores, mas no final das frases.
Ex.: Você não saiu mais cedo. Por quê?
Ele foi demitido sem saber por quê.
4 – Porquê é empregado como conjunção substantiva (acompanhado de artigo) no sentido de motivo.
Ex.: Não sei o porquê da sua atitude.
Vamos discutir os porquês destes problemas.
ATIVIDADES
I – Complete com porque, porquê, por que ou por quê.
1 – Se estão noivos,............ não se casam?
2 – Ele só falou............... havia clima para isso.
3 – Não fomos ao jogo............. choveu.
4 – O espetáculo foi interrompido ..............?
5 –................... o espetáculo foi interrompido?
6 – O espetáculo foi interrompido .................. um dos atores sentiu-se mal.
7 – Não sabemos ............... o espetáculo foi interrompido.
8 – Ignora-se o ............... da interrupção do espetáculo.
MAS, MÁS ou MAIS
Mas é conjunção e significa porém, todavia.
Ex.: O rapaz é culto, mas pouco simpático.
Más é adjetivo e significa ruins.
Ex.: Não devemos andar com más companhias.
Mais pode ser advérbio e quer dizer aumento.
Ex.: Estuda mais e serás aprovado.
Mais pode ser substantivo e quer dizer o restante.
Ex.: Por hoje é só, o mais fica para amanhã.
Mais pode ser preposição e quer dizer em companhia de.
Ex.: Meu tio mais sua filha estão vindo para cá.
ATIVIDADES
I – Complete com mas, más ou mais:
01 – Elas são ........... companheiras de trabalho.
02 – Papai foi a livraria,..............não encontrou todos os livros.
03 – Leia ........... e você escreverá melhor.
04 – Eu não acredito em ........... ideias.
05 – É....... fácil criticar do que fazer.
06 – Ela era bondosa,.............. não demonstrava isso.
07 – O seu boletim apresentava notas boas e...........
08 – Os índios trouxeram ..............notícias para nós.
09 – ......... minha filha, por que você não fez o trabalho?
10 – No....... dos dias, ele acorda muito tarde.
11 – Papai ....... seu irmão pensam assim.
12 – A vida é dura, .......... é maravilhosa.
13 – Suas........... atitudes tornaram-no um homem sem amigos.
II – Crie algumas frases, utilizando mas, más e mais.
CARTA ARGUMENTATIVA
CARTA
ARGUMENTATIVA
Todos nós já
escrevemos cartas algum dia, seja aquela mais tradicional (papel, selinho e
tudo mais) ou um e-mail rápido, para falar sobre as férias ou sobre o que vai
cozinhar para o almoço (!). Entretanto, quando escrevemos para alguém com a
intenção de convencê-lo de alguma coisa por meio da argumentação estamos
criando as chamadas cartas argumentativas.
Leia um exemplo de carta argumentativa:
Caro Felipão,
Nunca nos encontramos pessoalmente, mas permita que
eu me apresente: me chamo Marcos Caetano, como você pode ler aí no topo da
coluna, e sou cronista esportivo. Mas isso não é importante, pois além de
cronista fui, sou e morrerei torcedor. Apesar de respeitar os colegas que
pensam diferente, confesso que não entendo os comentaristas que não declaram
sua predileção por um time. Se não fosse torcedor do meu sofrido Tricolor das
Laranjeiras, jamais teria me apaixonado por futebol. E, sem essa paixão,
dificilmente teria pensado em escrever sobre o assunto que é a minha cachaça.
Minha e de outros 160 milhões de brasileiros. Do trabalhador da fábrica da
Móoca ao menino de rua que cheira cola na Candelária e do catador de papel do
Recife ao padre da paróquia da sua Caxias do Sul somos, acredite, todos
seguidores da mesma religião: a Seleção Brasileira.
Também não sou hipócrita de imaginar que você tenha
decidido fazer do esporte o seu ganha pão – primeiro como jogador e agora como
técnico – se não fosse por amor. Somos, portanto, dois apaixonados por futebol.
E é puramente nessa condição, de um apaixonado que vê no velho esporte das
botinadas um ponto de referência e identidade cultural dos brasileiros, que te
escrevo estas mal traçadas.
Em primeiro lugar, sei que eu e os colegas da
crônica esportiva vivemos pegando no seu pé. Mas também sei que você traz no
caráter uma qualidade que anda escassa nesses tempos de crise moral nas
lideranças do futebol: você é honesto. E é impossível deixar de notar o carinho
e o respeito que todos os jogadores que trabalharam contigo têm por você.
Portanto, quando escrevo críticas sobre o seu trabalho, o faço com a certeza de
estar me dirigindo a um homem sincero, preocupado em aprender sempre – e não a
um arrogante cheio de empáfia.
Certamente você tem acompanhado as excelentes
partidas da fase decisiva do Campeonato Brasileiro. E, claro, viu a eletrizante
– não há outra palavra para descrever aquilo – final entre Atlético-PR e São
Caetano. São dois times, Felipão, que chegam a comover pela bravura com que
buscam o ataque em qualquer circunstância. O Atlético buscou mais, e mereceu
vencer o jogo. A lógica do esporte – alguns mencionariam os deuses do futebol –
quase sempre acaba premiando quem é mais corajoso.
Mas não desprezemos o São Caetano, que está longe
de poder ser considerado fora do páreo. O Azulão teve uma incrível média
inferior a um gol por partida no ano – isso sem jogar com sete ou oito atrás,
mas no bom e velho 4-4-2. Se esses times finalistas, que representam o novo no
futebol brasileiro, não fazem retranca, por que a Seleção deveria fazer? Você
apostou na retranca contra Bolívia, Uruguai e Argentina. E ousou mais contra
Chile, Paraguai e Venezuela. Perdemos as três partidas que jogamos para não
perder e ganhamos as três que jogamos para ganhar.
A razão da carta, como você já percebeu, é uma só:
te pedir que ponha o Brasil para jogar como os finalistas – no ataque. Essa é a
nossa maior tradição, e traí-la será um crime que não ficará sem castigo na
Copa do Mundo. Não sabemos jogar de outro jeito – e o partidaço da final
provou-nos isso uma vez mais. Se acerte com o Romário. Chame o Djalminha e os
Ronaldinhos. Preste atenção no Kaká e no Alex Mineiro. Contrate o Geninho e o
Picerni como auxiliares. Vamos para cima deles, Felipão! Os brasileiros confiam
em você. Confie também na gente quando pedimos um time ofensivo. Se ainda
estiver em dúvida, ligue a televisão de novo no próximo domingo. O Azulão
precisa vencer por dois gols de diferença – e vem mais futebol brasileiro por aí.
Porque também no esporte, como dizia o Vinícius,
meu amigo, só resta uma certeza: é preciso acabar com essa tristeza. É preciso
inventar de novo o amor.
CAETANO, Marcos. In: Jornal do Brasil,2001
·
A primeira coisa que você deve fazer
antes de escrever uma carta é ler atentamente a proposta de redação.
Seja preciso ao identificar o(s) interlocutor(es); destaque os diferentes
pontos de vista e pense bem em quais argumentos irá usar na sua
redação.
·
Depois de ler atentamente a proposta,
comece a escrever o rascunho da sua carta argumentativa. Enumere
seus argumentos e explique-os de forma clara e objetiva (lembre-se que o
objetivo da carta é persuadir o leitor). Construa a imagem do
interlocutor, faça um levantamento de tudo o que você sabe sobre ele (sua
origem, sua função na sociedade, suas opiniões etc).
Para praticar a produção de cartas
argumentativas, abaixo coloco uma lista de possíveis temas para serem
abordados:
·
Falta de empregos para jovens;
·
Falta de vagas nas escolas
públicas;
·
Cotas nas universidades federais;
·
Falta de segurança no bairro;
·
Má qualidade dos transportes
coletivos;
·
Alto índice de analfabetismo entre
adultos da cidade ou da comunidade;
·
Vagas insuficientes nas universidades
públicas;
·
Falta de bibliotecas públicas;
·
Saneamento básico deficiente;
Assinar:
Postagens (Atom)