quinta-feira, 14 de maio de 2015

IGUAIS E DIFERENTES - 18/05/2015

  IGUAIS E DIFERENTES




Antes de começar a leitura dos textos defina RACISMO, PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO!


A seguir você vai ler um painel de textos com depoimentos importantes de pessoas que já
viveram situações relacionadas com o preconceito racial.


O PRECONCEITO RACIAL
 TEXTO I
 No ano passado, eu passeava num shopping de Curitiba com a minha mãe, quando gostei de
uma blusa. Entrei na loja. Vi o preço. Era caríssima. Mesmo assim, quis experimentar.
 Mas ninguém me atendia. As vendedoras me olhavam de cima para baixo.
 Olhavam e faziam que não me viam. Fiquei nervosa e fui embora. Disse à minha mãe o que
tinha acontecido. Decidi, então, voltar. Entrei e contei até dez. Todos continuavam a me
ignorar. Aí explodi. “Será que tenho de abrir minha bolsa e mostrar o cartão de crédito?” Virei
as costas e saí. A gerente então correu atrás de mim. Tentou me explicar que não podia
adivinhar que eu tinha dinheiro para comprar a blusa. Não quis ouvi-la, não.
 Poxa, só porque sou negra não posso ter dinheiro? O preconceito existe, sim. [...]

Cinthya Rachel, 18 anos, a Biba do Castelo Rá-Tim-Bum (Veja, 24/6/1998.)

TEXTO II
 Moro num prédio de classe média. Aos nove anos, eu era o único negro. Três amigos meus 
viviam chamando meus pais de “Café” e “King Kong”. Eu me sentia humilhado. O síndico dizia que 
lugar de negro era na senzala. Aos onze anos, deixei de frequentar o playground. 2 
 Ficava em casa. Nunca mais brinquei no prédio. Mas não tem jeito. Se saio na rua cinco 
vezes, em pelo menos uma sou insultado. No ano passado, ao voltar do colégio a pé, o motorista 
de uma Kombi jogou o carro em cima de mim e gritou: “Vai para casa, macaco”. Na época em que 
me isolei dos garotos do prédio, todos os fins de semana meus pais arrumavam programas fora 
de casa para mim. Num deles fomos à Hípica e decidi aprender a montar. Comecei a competir. Em 
seis anos, ganhei 18 medalhas e 2 troféus. O hipismo me ajudou a superar o problema do 
preconceito. 
Augusto Modesto, 16 anos, estudante em São Paulo
 TEXTO III
 
 Em 1968, [a atriz Zezé Mota], aos 25 anos, com o Teatro de Arena, estreou uma 
temporada no Harlem, reduto dos negros pobres de Nova York. O movimento black power ainda 
não havia eclodido com toda a sua força, mas os negros americanos já procuravam substituir o 
sentimento de humilhação por um tipo de orgulho barulhento da raça. Zezé apareceu usando uma 
peruca no estilo chanel — cabelos lisos, escorridos. “Os americanos perguntaram a Boal (Augusto 
Boal, diretor do grupo) por que eu usava um cabelo que não era de negro se eu era negra”, lembra 
a atriz. Zezé arrancou a peruca. Mas seus cabelos de verdade continuavam a não ser os de uma 
negra. Estavam alisados. “Voltei para o hotel,lavei o cabelo e assumi meu lado negro”, conta. “Foi 
um batismo.” 
Zezé Mota, cantora e atriz
 TEXTO IV
 Desde os 12 anos, coloquei na minha cabeça que eu poderia me dar bem no futebol. Era um 
sonho, eu sabia. Então, por segurança, estudava para ser torneiro mecânico. Enquanto eu vendia 
pastéis em feiras livres, meus dois irmãos capinavam o jardim dos vizinhos. Mamãe oferecia 
tapetes nas ruas e papai era gari da prefeitura. A vida era difícil. Refrigerante e frango, só aos 
domingos. Na escola, como eu não tinha dinheiro para comprar doces na hora da merenda, meus 
amigos diziam: “Também, teu pai é preto e lixeiro”. Até hoje me lembro de um garoto branco, o 
Marcos. Ele era muito rico para os nossos padrões, mas era o único que não se incomodava com a 
minha cor. Era meu melhor amigo. Trocávamos as roupas e ele deixava eu usar as dele, muito 
mais caras e bonitas do que as minhas. Eu nunca ia às festas boas do meu bairro. Tinha medo da 
discriminação. Sei que os grã-finos me olhavam de maneira diferente, então procurava o povão 
em bailes funk. Tudo isso era triste para mim, mas a pior decepção foi quando me apaixonei pela 
filha de um marinheiro. Ele não admitia vê-la ao lado de um negro com cabelo black power. E esse 
racista arruinou tudo. 
Marcelo Pereira Surcin, o Marcelinho Carioca, jogador de futebol

TEXTO V
 Nossa raça ficou muito tempo no escuro, mas agora somos uma sensação. A revolução 
começou pela estética. O negro, hoje, se acha bonito, se veste melhor. Sou um modelo para os 
meninos que, como eu, foram criados na pobreza das periferias. Zelando pela minha imagem, me 
cuidando, sei que posso melhorar a autoestima dessa garotada e servir de exemplo para eles. 
Não bebo, não fumo, não curto drogas. [...] 
 Precisamos crescer com consciência, seguir uma ideologia, promover ações solidárias. 
Nossos pais eram aplaudidos quando deixavam a escola para trabalhar. Nossos avós pensavam 
“que bom, meu filho não é vagabundo”. Resultado: ficaram burros. Não tínhamos cultura para nos 
relacionar com o branco, que por sua vez não sabia como tratar o negro. A minha geração 
também começou a trabalhar cedo, mas não largou os estudos. Meus pais sempre disseram que 
eu devia ser melhor que eles. Que eu tinha de trabalhar e estudar ao mesmo tempo. Por isso, a 
luta contra o preconceito é mais eficiente. 
José de Paula Neto, o Netinho, vocalista do Negritude Júnior
 TEXTO VI
 Numa das aulas de um curso de pós-graduação, fui incumbida pela professora de observar 
a apresentação de alguns trabalhos de colegas da sala e fazer um comentário avaliativo. 
 Depois de concluída minha exposição, a professora comentou: “O debate foi tão intenso 
que a ‘japoronga’ até arregalou os olhos!”. Nesse momento, me senti paralisada pela crueldade 
das palavras. 
Não consegui fazer nada, a não ser esboçar um sorriso sem graça e sentar-me quieta. Fui 
embora com um sentimento de tristeza tão grande, pensando que mesmo no meio universitário 
ainda teria que ouvir comentários pejorativos como esse. Entender que atitudes e palavras como 
essas, ainda que sutis, são expressões de preconceito foi um processo doloroso para mim, que me 
acompanhou por toda a vida e em todos os lugares. 
Cristina Akisino, brasileira, neta de japoneses, pesquisadora iconográfica em São Paulo. 

1. No texto I, Cinthya conta a experiência que teve ao querer comprar uma blusa. O preconceito 
manifestado pelas pessoas dessa loja é social, racial ou dos dois tipos? Justifique. 
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2. No texto II, Augusto sentia-se humilhado por causa do preconceito que sofria. O hipismo, porém, 
mudou a vida dele. Por que isso aconteceu? 
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3. A atriz Zezé Mota conta que o contato com os negros americanos, em 1968, foi para ela uma espécie 
de batismo. Que sentido tem essa palavra nesse contexto? 
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4. No depoimento do jogador Marcelinho Carioca, há exemplos de pessoas preconceituosas e exemplos 
de pessoas sem preconceito. Qual é, segundo o texto IV, o exemplo de pessoa sem preconceito? 
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5. Na situação vivida por Cristina Akisino em sala de aula, o comentário da professora revela 
preconceito racial ou não? Por quê? 
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6. No depoimento de Netinho, o cantor emprega a palavra autoestima. O que significa essa palavra? 
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7.Você já vivenciou ou presenciou uma situação de racismo?Conte para os colegas.
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8. Qual dos depoimentos mais chamou a tua atenção?Por quê?
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9- Agora você tem como tarefa trazer fotos dos seus ídolos para montarmos um mural.Além disso você vai se reunir com três colegas e dramatizar uma situação preconceituosa para apresentar na próxima aula.




"A razão pela qual intolerância, sexismo, racismo, homofobia existem é o medo. As pessoas têm medo de seus próprios sentimentos, medo do desconhecido."







TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO

Como já estudamos em aula, os termos essenciais da oração são:...........................e.................................

1-Nas frases abaixo sublinhe com um traço o sujeito e com dois o predicado.
a) O Brasil vai ser hexacampeão da Copa de 2014.
b) Brasil e Alemanha se enfrentam nas semifinais.
c) Entrei na loja.
d) No ano passado, eu passeava no shopping com minha mãe.
e) "Ele não admitia vê-la ao lado de um negro com cabelo black power."
f) "Esse racista arruinou tudo."
g)" O hipismo me ajudou a superar o preconceito".

2- Destaque o sujeito das seguintes orações.Depois classifique-os em simples ou composto.
a) Eu não concordo com atitudes racistas.
b) Minhas irmãs vão assistir aos jogos de futebol.
c) Neymar está fora da Copa.
d) David Luis e Paulinho estão batendo um bolão.
e) Julio Cesar é um grande goleiro.
f) Os brasileiros confiam nos jogadores da seleção.

3- Forme 3 frases onde o sujeito esteja oculto.

4- Assinale a frase que apresenta sujeito composto:

a) Assistimos ao jogo com ansiedade.
b) Mais amor por favor.
c)Brasileiros e argetinos são rivais no futebol.
d) Gostamos de jogar bola.
e) Meus colegas disputaram a final no futsal.

5-  Forme frases com oração sem sujeito.

6-  Leia a tirinha abaixo:



A)     No 2º quadrinho há 3 orações
Peixes comem insetos             Pássaros comem peixes                      Gatos comem pássaros.
a)      Identifique o sujeito das 3 orações.
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b)      Os três sujeitos recebem a mesma classificação. Como se classificam os sujeitos acima? Justifique.
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B)    Na fala da última tirinha: “Não quero saber essas coisas”, o sujeito da oração é:
(   ) simples                 (   ) composto              (   ) desinencial
Justifique. _______________________________________________________________
3.      7- Observe as orações abaixo e assinale verdadeiro (V) ou falso (F)
  1. Todos os domingos, eu e minha família vamos à missa.
  2. Entregaremos os trabalhos na data marcada.
  3. Todos os livros da biblioteca passarão por uma reforma.
(   ) Na oração 3, o predicado é passarão por uma reforma                 

(   ) Na oração 1, o sujeito é composto pois apresenta 2 núcleos.
(   ) Na oração 2, o sujeito é desinencial.
(   ) Na oração 2, o sujeito é os trabalhos.
(   ) Na oração 3, o sujeito é composto e os núcleos são: livros e biblioteca
(   ) Na oração 1, o predicado é eu e minha família
8. Identifique o sujeito e o predicado das orações abaixo:
a)      Eu e meus amigos planejávamos fazer uma excursão.
Sujeito:_____________________________________________________________
Predicado:___________________________________________________________
b)      O primeiro amor é inesquecível.
Sujeito:_____________________________________________________________
Predicado:___________________________________________________________
c)      No outro dia, o menino amanheceu doente.
Sujeito:_____________________________________________________________
     Predicado:___________________________________________________________
9. Observe as orações abaixo e reescreva-as mudando o sujeito de posição em relação ao verbo:
a) Em meu jardim nascerão lindas rosas vermelhas nessa primavera.
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b) Os aprovados e a classificação serão divulgados amanhã.
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c) Na próxima semana, eu e meus amigos viajaremos para a Europa.
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d) Trouxe flores para a festa a floricultura mais famosa da cidade.
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10. Complete as orações com o tipo de sujeito indicado entre parênteses:

a) Amanhã, ____________ faremos a prova de português.(composto)
b) ______________ chegarão mais cedo. (simples)
c) ______________ trouxe um presente para você. (simples)
d) Na semana passada, __________________ prepararam uma festa surpresa para Marcelo. (composto)