quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Releitura do livro " NOS TRILHOS DA PAIXÃO "

ATIVIDADE REALIZADA COM ALUNOS DO 7 °ANO

                                               Releitura dos principais capítulos
                                                      Produção de maquetes
                                            Capítulos retratados em desenhos



terça-feira, 22 de setembro de 2015

7° ANO - REVISÃO DAS CLASSES GRAMATICAIS

7° ANO 
REVISÃO DAS CLASSES GRAMATICAIS

   Como vimos na série anterior, na Língua Portuguesa exitem dez classes de palavras ou classes gramaticais;


1- SUBSTANTIVO
6 - VERBO
2- ARTIGO
7 - ADVÉRBIO
3 - ADJETIVO
8 - PREPOSIÇÃO
4 - NUMERAL
9 - CONJUNÇÃO
5 - PRONOME
10 - INTERJEIÇÃO

SUBSTANTIVO é toda a palavra que denomina um ser; é usada para nomear pessoas, coisas, animais, lugares e sentimentos. Normalmente vem precedida de artigo.
Exemplo: O cachorro tomou banho. (Cachorro é um substantivo)
Os substantivos classificam-se em:
  • Comum/ Próprio
  • Concreto/ Abstrato
  • Primitivo/ Derivado
  • Simples/ Composto
  • Coletivo

Exercício:
1) Localize os substantivos que aparecem nas orações abaixo:
a) As pessoas estavam muito contentes na festa.
b) Todas as crianças parecem satisfeitas com o lanche.
c) A bicicleta de Paulo está com o pneu furado.
d) O garoto não entrou no teatro, porque esqueceu os bilhetes.
e) O cachorro quase me mordeu.


ARTIGO é a palavra que se coloca antes do substantivo para determiná-lo ou indeterminá-lo.
 Os artigos classificam-se em:
  • Definidos: o / a / os / as
  • Indefinidos: um / uns / uma / umas

Exercício:
2) Classifique os artigos conforme o modelo:
O senhor me dá um presente de aniversário?
o = artigo definido, masculino, singular
um = artigo indefinido, masculino, singular

a) Ganhei uma caneta dourada.
________________________________________________________________________________
b) Os irmãos ganharam doces.
________________________________________________________________________________
c) A gaita era verde.
________________________________________________________________________________
ADJETIVO é a palavra que caracteriza o substantivo.
Exemplo: Aquela moça é muito bonita. (Bonita é um adjetivo)

Exercícios:
3) Sublinhe os adjetivos presentes nas frases a seguir:
a) O sapo verde deu um pulo engraçado.
b) No meu pequeno jardim florescem violetas perfumadas.
c) A viagem a Ouro Preto foi instrutiva.
d) Quantos meninos eu vi, com roupas rasgadas e sapatos gastos!
e) Os belos e cantadores bem-te-vis acordam-me pela manhã.

4) O adjetivo caracteriza o substantivo de vários modos: bonito, por exemplo, atribui uma qualidade positiva; feio, uma negativa.
Atribua a cada item a seguir uma qualidade positiva e uma negativa:
a) camarada: _____________________________________________________________________
b) gesto: ________________________________________________________________________
c) roupa: ________________________________________________________________________
d) mulher: _______________________________________________________________________


NUMERAL é uma palavra que exprime número, ordem numérica, múltiplo ou fração.
O numeral pode ser:
  • Cardinal
  • Ordinal
  • Multiplicativo
  • Fracionário

Exercício:
5) Classifique os numerais sublinhados em cardinal, ordinal, multiplicativo ou fracionário:
a) Fernanda comeu um terço da torta. _________________________________________________
b) Esse filme é de segunda categoria. __________________________________________________
c) Lucas agora tem o dobro de trabalho na escola. ________________________________________
d) Maria e Ana convidaram seis amigas para jantar em sua casa. ____________________________
e) Aproximadamente cinquenta mães participaram da reunião. ______________________________


PRONOME é a palavra que substitui ou acompanha o substantivo.
O pronome pode ser:
  • Pessoal
  • Possessivo
  • Demonstrativo
  • Indefinido
  • Interrogativo

Exercício:
6) Classifique o pronome destacado nas frases abaixo:


a) Este animal não vai participar da exposição. __________________________________________
b) Vários atletas já chegaram. _______________________________________________________
c) Quantos ainda não votaram? ______________________________________________________
d) Há poucos erros na redação. ______________________________________________________
e) Ela sempre gostou de ler. _________________________________________________________
f) Nosso povo está despertando. ______________________________________________________


VERBO é a palavra que exprime ação, estado ou fenômeno da natureza.

Exercício:
7) Dê o infinitivo dos verbos abaixo:


a) chegarei: ___________________________
b) subiram: ___________________________
c) coube: _____________________________
d) fizeste: ____________________________
e) pusesses: ___________________________
f) sumiu: _____________________________
g) estávamos: _________________________
h) amássemos: ________________________
i) perceberdes: ________________________
j) é: _________________________________




ADVÉRBIO é a palavra invariável que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de outro advérbio. Os principais advérbios indicam circunstâncias de:
  • Tempo: ontem, hoje, amanhã, já, cedo, tarde, antigamente...
  • Lugar: aqui, ali, acolá, aí, lá, perto, longe, acima, abaixo, dentro, fora...
  • Modo: depressa, devagar, bem, mal, calmamente, alegremente...
  • Intensidade: muito, menos, pouco, mais, bastante....
  • Negação: não, absolutamente...
  • Dúvida: talvez, provavelmente, possivelmente...
  • Afirmação: sim, certamente, realmente....

Exercício:
8) Identifique e classifique os advérbios conforme o modelo.
Luiza e Marcos viajaram bastante pelo mundo.
bastante: advérbio de intensidade
a) Não engoli coisa nenhuma.
________________________________________________________________________________
b) Convoquei imediatamente a família.
________________________________________________________________________________
c) Os pais de Amanda gostavam muito de viajar.
________________________________________________________________________________
d) A velhinha passava rapidamente pela fronteira.
________________________________________________________________________________
e) Os meninos hospedaram-se aqui.
________________________________________________________________________________


PREPOSIÇÃO é uma palavra invariável que liga um termo dependente a um termo principal, estabelecendo uma relação entre eles.
As preposições essencias são:
A, ANTE, APÓS, ATÉ, COM, CONTRA, DE, DESDE, EM, ENTRE,
PARA, PERANTE, POR, SEM, SOB, SOBRE, TRÁS

Exercícios:
9) Sublinhe as preposições:
a) Conversamos sobre nossos estudos.
b) Sempre lutamos contra a má vontade de alguns.
c) Estou mais uma vez sem meu ajudante.
d) A criançada partiu para o acampamento.
e) Aquela chácara é de meus tios.
f) Você já viajou de avião?

10) Complete com a preposição adequada:
a) Saí __________ meus pais.
b) Estamos __________ luz há alguns minutos.
c) Minha família morou __________ Pernambuco vários anos.
d) Minha mãe gostava __________ conversar __________ arte.
e) __________ o juiz, ele não abriu a boca.
f) Estarei __________ Curitiba na próxima quinta-feira.
g) Deteve-se um instante ___________ observar o movimento ___________ pedestres.


CONJUNÇÃO é a palavra invariável que liga:
  • duas palavras com o mesmo valor, numa oração.
  • duas orações entre si.

Exercício:
11) Sublinhe as conjunções:
a) Saiu cedo, mas não voltou ainda.
b) Estava estudando, quando você me telefonou.
c) Você reage ou será dominado pela doença.
d) Não compareceu à reunião nem justificou a falta.
e) Não se afobe, pois dispomos de bastante tempo.
f) Ele falava e eu ficava ouvindo.
g) Compre um jipe ou um caminhão.
h) Esperei-o até tarde, mas ele não veio.


INTERJEIÇÃO são palavras invariáveis que expressam uma emoção, um sentimento.
As interjeições mais comuns são


  • de alegria: ah! oh! oba!
  • de aplauso: viva! bis! bravo!
  • de chamamento: ó! olá! alô!
  • de dor: ui! ai!
  • de silêncio: silêncio! psiu!
  • de surpresa: oh! ah!
  • de advertência: cuidado! atenção!
  • de alívio: ufa! Arre!
  • de admiração: ah! oh! puxa! nossa!
  • de desejo: oxalá! tomara!
  • de saudação: salve! viva! olá!
  • de terror: ui! credo! cruzes



Exercícios:
12) Identifique as interjeições:
a) Puxa! Você nem olhou para mim na festa.
b) Tavinho, você não pode ficar um minuto sem televisão? Credo!
c) Temos a família reunida de novo. Viva!
d) Você vai conseguir. Força!

13) Sublinhe a interjeição, relacionando-a às emoções do quadro abaixo:
alegria – aborrecimento – saudação – desejo – advertência – admiração

a) Caramba! Como ela samba! _______________________________________________________
b) Cuidado! Trecho sem acostamento! _________________________________________________
c) Oxalá os pais saibam compreendê-lo. _______________________________________________
d) Olá! Como passou a noite? _______________________________________________________
e) Oba, as férias estão aí. ___________________________________________________________

quarta-feira, 1 de julho de 2015

MEIO AMBIENTE E COMPORTAMENTO HUMANO - ATIVIDADE PARA 02/07/2015

"DEPENDE DE NÓS
SE ESSE MUNDO AINDA TEM JEITO
APESAR DO QUE O HOMEM TEM FEITO
SE A VIDA SOBREVIVERÁ..."

   Leia o texto de Ignácio Loyola Brandão, escritor brasileiro contemporâneo, onde ele apresenta uma visão clara da sociedade moderna, mostrando estar em consonância com a época em que vive.Na narrativa a seguir, este autor emprega uma linguaguem concisa e direta, ao analisar o comportamento humano, de forma sutil, irônica e crua.

O HOMEM QUE ESPALHOU O DESERTO

   Quando menino, costumava apanhar a tesoura da mãe e ia para o quintal, cortando folhas das árvores.Havia mangueiras, abacateiros, ameixeiras, pessegueiros e até mesmo jabuticabeiras. Um quintal enorme, que parecia uma chácara e onde o menino passava o dia cortando folhas. A mãe gostava, assim ele não ia para a rua, não andava em más companhias. E sempre que o menino apanhava o seu caminhão de madeira (naquele tempo, ainda não havia os caminhões de plástico, felizmente) e cruzava o portão, a mãe corria com a tesoura: tome filhinho, venha brincar com as suas folhas. Ele voltava e cortava. As árvores levavam vantagem, porque eram imensas e o menino pequeno. O seu trabalho rendia pouco, apesar do dia-a-dia constante, de manhã à noite. 
     Mas o menino cresceu, ganhou tesouras maiores. Parecia determinado, à medida que o tempo passava, 
a acabar com as folhas todas. Dominado por uma estranha impulsão, ele não queria ir à escola, não queria ir ao cinema, não tinha namoradas ou amigos. Apenas tesouras, das mais diversas qualidades e tipos. Dormia 
com elas no quarto. À noite, com uma pedra de amolar, afiava bem os cortes, preparando-as para as tarefas do dia seguinte. Às vezes, deixava aberta a janela, para que o luar brilhasse nas tesouras polidas. 
    A mãe, muito contente, apesar do filho detestar a escola e ir mal nas letras. Todavia, era um menino 
comportado, não saía de casa, não andava em más companhias, não se embriagava aos sábados como os 
outros meninos do quarteirão, não freqüentava ruas suspeitas onde mulheres pintadas exageradamente se 
postavam às janelas, chamando os incautos. Seu único prazer eram as tesouras e o corte das folhas. 
    Só que, agora, ele era maior e as árvores começaram a perder. Ele demorou apenas uma semana para 
limpar a jabuticabeira. Quinze dias para a mangueira menor e vinte e cinco para a maior. Quarenta dias para o abacateiro que era imenso, tinha mais de cinqüenta anos. E seis meses depois, quando concluiu, já a 
jabuticabeira tinha novas folhas e ele precisou recomeçar. 
    Certa noite, regressando do quintal agora silencioso, porque o desbastamento das árvores tinha 
afugentado pássaros e destruído ninhos, ele concluiu que de nada adiantaria podar as folhas. Elas se 
recomporiam sempre. É uma capacidade da natureza, morrer e reviver. Como o seu cérebro era diminuto, ele demorou meses para encontrar a solução: um machado.
    Numa terça-feira, bem cedo, que não era de perder tempo, começou a derrubada do abacateiro. Levou 
dez dias, porque não estava habituado a manejar machados, as mãos calejaram, sangraram. Adquirida a 
prática, limpou o quintal e descansou aliviado. Mas insatisfeito, porque agora passava os dias a olhar aquela 
desolação, ele saiu de machado em punho, para os arredores da cidade. Onde encontrava árvore, capões, 
matos, atacava, limpava, deixava os montes de lenha arrumadinhos para quem quisesse se servir. Os donos 
dos terrenos não se importavam, estavam em via de vendê-Ios para fábricas ou imobiliárias e precisavam de tudo limpo mesmo. 
    E o homem do machado descobriu que podia ganhar a vida com o seu instrumento. Onde quer que 
precisassem derrubar árvores, ele era chamado. Não parava. Contratou uma secretária para organizar uma
agenda. Depois, auxiliares. Montou uma companhia, construiu edifícios para guardar machados, abrigar seus operários devastadores. Importou tratores e máquinas especializadas do estrangeiro. Mandou assistentes
fazerem cursos nos Estados Unidos e Europa. Eles voltaram peritos de primeira linha. E trabalhavam, 
derrubavam. Foram do sul ao norte, não deixando nada em pé. Onde quer que houvesse uma folha verde, lá estava uma tesoura, um machado, um aparelho eletrônico para arrasar. 
    E enquanto ele ficava milionário, o país se transformava num deserto, terra calcinada. E então, o
governo, para remediar, mandou buscar em Israel técnicos especializados em tornar férteis as terras do
deserto. E os homens mandaram plantar árvores. E enquanto as árvores eram plantadas, o homem do 
machado ensinava ao filho sua profissão.


PARTE 1 - ESTUDO DO TEXTO

1) O narrador participa da história:
(    ) sim               (    ) não

2) Quantos parágrafos há no texto?
(    ) 10                          (    ) 8                                     (    ) 9

3) Reescreva as frases, substituindo as palavras ou expressões destacadas pelos sinônimos do quadro:


exterior - espantado - pegar - insignificante - experientes
  



a) O desbastamento das árvores tinha afugentado os pássaros.
b) O seu cérebro era diminuto.
c) Chegaram máquinas do estrangeiro.
d) Eles voltaram peritos de primeira linha.
e) Costumava apanhar a tesoura da mãe e ia para o quintal. 

4) Escreva uma frase empregando o verbo apanhar em sentido diferente do que foi usado no texto. 

5) Assinale as características do personagem principal:
(    ) compulsivo 
(    ) alegre
(    ) obsessivo               
(    ) destruidor
(    ) amigo do meio ambiente      
(    ) de inteligência diminuta 

6) Responda: 
a) O narrador diz que “naquele tempo, ainda não havia os caminhões de plástico, felizmente”. O que   ele quis dar a entender com a palavra felizmente
b) O narrador afirma que o cérebro do personagem era diminuto e que ele demorou a encontrar uma solução. Que relação o autor pretende estabelecer entre a destruição da natureza e a inteligência? 
c) Descreve o quintal antes e depois da ação do garoto, mostrando o contraste. 
d) Tu gostaste do texto? Por quê? 
e) Releia o trecho que mostra como a mãe se comportava em relação às atitudes do filho. Na tua opinião, que influência teve a mãe na educação do menino? 
f) Que ensinamentos podemos tirar da leitura deste texto? 
g) Existe relação entre o texto e a realidade em que vivemos? Explique. 

7) Observe a frase: As árvores eram imensas, e o menino pequeno
a) Que palavras indicam contraste, isto é, têm sentido oposto? 
b) Agora, escreve palavras que indiquem idéias contrárias às seguintes: 
"...afugentando pássaros": 
"...destruindo ninhos":
"...as árvores levavam vantagem": 

PARTE 2 – Produção de Texto
Crie um texto oposto a esse, ou seja, que traga uma mensagem positiva sobre o homem e o meio ambiente.

PARTE 3 – Acentuação
1) Justifique uso do acento das seguintes palavras retiradas do texto:
 árvores -
até -
você-
só - 


2) Retire do texto 3 proparoxítonas: 

3) Relaciona:
(1) oxítona                                                                                                                          (2) paroxítona                         
(3) proparoxítona      


(   ) menor
(   )natureza
(   )folhas
(   )fábricas
(   ) perder
(   ) buscar
             
PARTE 4

1- Identifique o significado, no texto, das palavras em destaque.

a) "Dominado por uma estranha impulsão..."

b) "....onde as mulheres pintadas exageradamente se postavam às janelas, chamando os incautos.."

c) "Onde encontrava árvore, capões, matos, atacava, limpava."

d) "...o país se transformava num deserto, terra calcinada."

2- Explique como o personagem da narrativa criou o hábito de cortar folhas de árvore com uma tesoura.

3- A mãe do menino não se preocupava com aquela obsessão do filho.Por quê?

4-  Ao dizer que o menino tinha crescido e, desde então, usava tesouras maiores, o que o autor nos sugere?

5- Obcecado por aquela mórbida motivação de acabar com as folhas de todas as árvores, o protagonista da narrativa evitava a escola, as diversões, não tinha amigos nem namorada.Que tipo de ser humano ele havia se tornado?

6- Apesar de ver o filho, com aquele costume bizarro,a mãe continuava feliz.Por quê?

7- Na sua opinião, ao impedir o filho de sair para a rua, a mãe obteve sucesso na função de educadora?Por quê?

8- Assim como o personagem do texto, há pessoas que estão preocupadas somente consigo próprias e, alheias aos danos causados à sociedade, só pensam em enriquecer?Qual a sua opinião a esse respeito?

9- Apesar de o texto representar uma narrativa de ficção, você vê alguns fatos relacionados à vida real?Comente suas ideias.





quinta-feira, 14 de maio de 2015

IGUAIS E DIFERENTES - 18/05/2015

  IGUAIS E DIFERENTES




Antes de começar a leitura dos textos defina RACISMO, PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO!


A seguir você vai ler um painel de textos com depoimentos importantes de pessoas que já
viveram situações relacionadas com o preconceito racial.


O PRECONCEITO RACIAL
 TEXTO I
 No ano passado, eu passeava num shopping de Curitiba com a minha mãe, quando gostei de
uma blusa. Entrei na loja. Vi o preço. Era caríssima. Mesmo assim, quis experimentar.
 Mas ninguém me atendia. As vendedoras me olhavam de cima para baixo.
 Olhavam e faziam que não me viam. Fiquei nervosa e fui embora. Disse à minha mãe o que
tinha acontecido. Decidi, então, voltar. Entrei e contei até dez. Todos continuavam a me
ignorar. Aí explodi. “Será que tenho de abrir minha bolsa e mostrar o cartão de crédito?” Virei
as costas e saí. A gerente então correu atrás de mim. Tentou me explicar que não podia
adivinhar que eu tinha dinheiro para comprar a blusa. Não quis ouvi-la, não.
 Poxa, só porque sou negra não posso ter dinheiro? O preconceito existe, sim. [...]

Cinthya Rachel, 18 anos, a Biba do Castelo Rá-Tim-Bum (Veja, 24/6/1998.)

TEXTO II
 Moro num prédio de classe média. Aos nove anos, eu era o único negro. Três amigos meus 
viviam chamando meus pais de “Café” e “King Kong”. Eu me sentia humilhado. O síndico dizia que 
lugar de negro era na senzala. Aos onze anos, deixei de frequentar o playground. 2 
 Ficava em casa. Nunca mais brinquei no prédio. Mas não tem jeito. Se saio na rua cinco 
vezes, em pelo menos uma sou insultado. No ano passado, ao voltar do colégio a pé, o motorista 
de uma Kombi jogou o carro em cima de mim e gritou: “Vai para casa, macaco”. Na época em que 
me isolei dos garotos do prédio, todos os fins de semana meus pais arrumavam programas fora 
de casa para mim. Num deles fomos à Hípica e decidi aprender a montar. Comecei a competir. Em 
seis anos, ganhei 18 medalhas e 2 troféus. O hipismo me ajudou a superar o problema do 
preconceito. 
Augusto Modesto, 16 anos, estudante em São Paulo
 TEXTO III
 
 Em 1968, [a atriz Zezé Mota], aos 25 anos, com o Teatro de Arena, estreou uma 
temporada no Harlem, reduto dos negros pobres de Nova York. O movimento black power ainda 
não havia eclodido com toda a sua força, mas os negros americanos já procuravam substituir o 
sentimento de humilhação por um tipo de orgulho barulhento da raça. Zezé apareceu usando uma 
peruca no estilo chanel — cabelos lisos, escorridos. “Os americanos perguntaram a Boal (Augusto 
Boal, diretor do grupo) por que eu usava um cabelo que não era de negro se eu era negra”, lembra 
a atriz. Zezé arrancou a peruca. Mas seus cabelos de verdade continuavam a não ser os de uma 
negra. Estavam alisados. “Voltei para o hotel,lavei o cabelo e assumi meu lado negro”, conta. “Foi 
um batismo.” 
Zezé Mota, cantora e atriz
 TEXTO IV
 Desde os 12 anos, coloquei na minha cabeça que eu poderia me dar bem no futebol. Era um 
sonho, eu sabia. Então, por segurança, estudava para ser torneiro mecânico. Enquanto eu vendia 
pastéis em feiras livres, meus dois irmãos capinavam o jardim dos vizinhos. Mamãe oferecia 
tapetes nas ruas e papai era gari da prefeitura. A vida era difícil. Refrigerante e frango, só aos 
domingos. Na escola, como eu não tinha dinheiro para comprar doces na hora da merenda, meus 
amigos diziam: “Também, teu pai é preto e lixeiro”. Até hoje me lembro de um garoto branco, o 
Marcos. Ele era muito rico para os nossos padrões, mas era o único que não se incomodava com a 
minha cor. Era meu melhor amigo. Trocávamos as roupas e ele deixava eu usar as dele, muito 
mais caras e bonitas do que as minhas. Eu nunca ia às festas boas do meu bairro. Tinha medo da 
discriminação. Sei que os grã-finos me olhavam de maneira diferente, então procurava o povão 
em bailes funk. Tudo isso era triste para mim, mas a pior decepção foi quando me apaixonei pela 
filha de um marinheiro. Ele não admitia vê-la ao lado de um negro com cabelo black power. E esse 
racista arruinou tudo. 
Marcelo Pereira Surcin, o Marcelinho Carioca, jogador de futebol

TEXTO V
 Nossa raça ficou muito tempo no escuro, mas agora somos uma sensação. A revolução 
começou pela estética. O negro, hoje, se acha bonito, se veste melhor. Sou um modelo para os 
meninos que, como eu, foram criados na pobreza das periferias. Zelando pela minha imagem, me 
cuidando, sei que posso melhorar a autoestima dessa garotada e servir de exemplo para eles. 
Não bebo, não fumo, não curto drogas. [...] 
 Precisamos crescer com consciência, seguir uma ideologia, promover ações solidárias. 
Nossos pais eram aplaudidos quando deixavam a escola para trabalhar. Nossos avós pensavam 
“que bom, meu filho não é vagabundo”. Resultado: ficaram burros. Não tínhamos cultura para nos 
relacionar com o branco, que por sua vez não sabia como tratar o negro. A minha geração 
também começou a trabalhar cedo, mas não largou os estudos. Meus pais sempre disseram que 
eu devia ser melhor que eles. Que eu tinha de trabalhar e estudar ao mesmo tempo. Por isso, a 
luta contra o preconceito é mais eficiente. 
José de Paula Neto, o Netinho, vocalista do Negritude Júnior
 TEXTO VI
 Numa das aulas de um curso de pós-graduação, fui incumbida pela professora de observar 
a apresentação de alguns trabalhos de colegas da sala e fazer um comentário avaliativo. 
 Depois de concluída minha exposição, a professora comentou: “O debate foi tão intenso 
que a ‘japoronga’ até arregalou os olhos!”. Nesse momento, me senti paralisada pela crueldade 
das palavras. 
Não consegui fazer nada, a não ser esboçar um sorriso sem graça e sentar-me quieta. Fui 
embora com um sentimento de tristeza tão grande, pensando que mesmo no meio universitário 
ainda teria que ouvir comentários pejorativos como esse. Entender que atitudes e palavras como 
essas, ainda que sutis, são expressões de preconceito foi um processo doloroso para mim, que me 
acompanhou por toda a vida e em todos os lugares. 
Cristina Akisino, brasileira, neta de japoneses, pesquisadora iconográfica em São Paulo. 

1. No texto I, Cinthya conta a experiência que teve ao querer comprar uma blusa. O preconceito 
manifestado pelas pessoas dessa loja é social, racial ou dos dois tipos? Justifique. 
_____________________________________________________________________________ 
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2. No texto II, Augusto sentia-se humilhado por causa do preconceito que sofria. O hipismo, porém, 
mudou a vida dele. Por que isso aconteceu? 
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3. A atriz Zezé Mota conta que o contato com os negros americanos, em 1968, foi para ela uma espécie 
de batismo. Que sentido tem essa palavra nesse contexto? 
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4. No depoimento do jogador Marcelinho Carioca, há exemplos de pessoas preconceituosas e exemplos 
de pessoas sem preconceito. Qual é, segundo o texto IV, o exemplo de pessoa sem preconceito? 
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5. Na situação vivida por Cristina Akisino em sala de aula, o comentário da professora revela 
preconceito racial ou não? Por quê? 
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6. No depoimento de Netinho, o cantor emprega a palavra autoestima. O que significa essa palavra? 
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7.Você já vivenciou ou presenciou uma situação de racismo?Conte para os colegas.
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8. Qual dos depoimentos mais chamou a tua atenção?Por quê?
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9- Agora você tem como tarefa trazer fotos dos seus ídolos para montarmos um mural.Além disso você vai se reunir com três colegas e dramatizar uma situação preconceituosa para apresentar na próxima aula.




"A razão pela qual intolerância, sexismo, racismo, homofobia existem é o medo. As pessoas têm medo de seus próprios sentimentos, medo do desconhecido."







TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO

Como já estudamos em aula, os termos essenciais da oração são:...........................e.................................

1-Nas frases abaixo sublinhe com um traço o sujeito e com dois o predicado.
a) O Brasil vai ser hexacampeão da Copa de 2014.
b) Brasil e Alemanha se enfrentam nas semifinais.
c) Entrei na loja.
d) No ano passado, eu passeava no shopping com minha mãe.
e) "Ele não admitia vê-la ao lado de um negro com cabelo black power."
f) "Esse racista arruinou tudo."
g)" O hipismo me ajudou a superar o preconceito".

2- Destaque o sujeito das seguintes orações.Depois classifique-os em simples ou composto.
a) Eu não concordo com atitudes racistas.
b) Minhas irmãs vão assistir aos jogos de futebol.
c) Neymar está fora da Copa.
d) David Luis e Paulinho estão batendo um bolão.
e) Julio Cesar é um grande goleiro.
f) Os brasileiros confiam nos jogadores da seleção.

3- Forme 3 frases onde o sujeito esteja oculto.

4- Assinale a frase que apresenta sujeito composto:

a) Assistimos ao jogo com ansiedade.
b) Mais amor por favor.
c)Brasileiros e argetinos são rivais no futebol.
d) Gostamos de jogar bola.
e) Meus colegas disputaram a final no futsal.

5-  Forme frases com oração sem sujeito.

6-  Leia a tirinha abaixo:



A)     No 2º quadrinho há 3 orações
Peixes comem insetos             Pássaros comem peixes                      Gatos comem pássaros.
a)      Identifique o sujeito das 3 orações.
_______________________________________________________________________
b)      Os três sujeitos recebem a mesma classificação. Como se classificam os sujeitos acima? Justifique.
_______________________________________________________________________
B)    Na fala da última tirinha: “Não quero saber essas coisas”, o sujeito da oração é:
(   ) simples                 (   ) composto              (   ) desinencial
Justifique. _______________________________________________________________
3.      7- Observe as orações abaixo e assinale verdadeiro (V) ou falso (F)
  1. Todos os domingos, eu e minha família vamos à missa.
  2. Entregaremos os trabalhos na data marcada.
  3. Todos os livros da biblioteca passarão por uma reforma.
(   ) Na oração 3, o predicado é passarão por uma reforma                 

(   ) Na oração 1, o sujeito é composto pois apresenta 2 núcleos.
(   ) Na oração 2, o sujeito é desinencial.
(   ) Na oração 2, o sujeito é os trabalhos.
(   ) Na oração 3, o sujeito é composto e os núcleos são: livros e biblioteca
(   ) Na oração 1, o predicado é eu e minha família
8. Identifique o sujeito e o predicado das orações abaixo:
a)      Eu e meus amigos planejávamos fazer uma excursão.
Sujeito:_____________________________________________________________
Predicado:___________________________________________________________
b)      O primeiro amor é inesquecível.
Sujeito:_____________________________________________________________
Predicado:___________________________________________________________
c)      No outro dia, o menino amanheceu doente.
Sujeito:_____________________________________________________________
     Predicado:___________________________________________________________
9. Observe as orações abaixo e reescreva-as mudando o sujeito de posição em relação ao verbo:
a) Em meu jardim nascerão lindas rosas vermelhas nessa primavera.
________________________________________________________________________
b) Os aprovados e a classificação serão divulgados amanhã.
________________________________________________________________________
c) Na próxima semana, eu e meus amigos viajaremos para a Europa.
________________________________________________________________________
d) Trouxe flores para a festa a floricultura mais famosa da cidade.
________________________________________________________________________

10. Complete as orações com o tipo de sujeito indicado entre parênteses:

a) Amanhã, ____________ faremos a prova de português.(composto)
b) ______________ chegarão mais cedo. (simples)
c) ______________ trouxe um presente para você. (simples)
d) Na semana passada, __________________ prepararam uma festa surpresa para Marcelo. (composto)